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sábado, 23 de maio de 2009

Nos conhecendo melhor

Achei que este seria um bom tema para inaugurar. Foi publicada na revita Gloss, em abril.
Eu sei que o post está grande e acaba ficando difícil a visualização do blog. Mas isso, espero, é temporário. Vou tentar dar um jeito de exibir apenas o resumo na primeira página.


Manual de autoajuda

Se você acha que vagina é tudo o que se vê “lá embaixo”, trate de conhecer melhor seu equipamento. Lembre-se: informação é poder!

VAGINA OU VULVA?
Nenhum dos dois nomes é lá muito sexy, mas conhecê-los é básico, afinal não dá para garantir o prazer sem ter intimidade com a própria anatomia. As partes externas da máquina sexual formam a chamada vulva: a abertura da vagina, a abertura da uretra, o clitóris, os grandes e pequenos lábios e o Monte de Vênus (parte mais alta, fofa e peluda, aquela que se vê de frente). O tamanho e o formato de todas essas partes variam de mulher para mulher. Já a vagina propriamente dita é o tubo muscular que vai da vulva até o colo do útero. Geralmente ela mede entre 7 e 12 centímetros – mas, por ser elástica, pode alcançar até 16 centímetros durante o ato sexual, adaptando-se ao tamanho do pênis.

O MAPA DA MINA
A parte mais sensível da vagina é a mais próxima à vulva. São aproximadamente 5 centímetros com maior concentração de nervos. Por ser localizada na porta de entrada, essa pequena área garante satisfação mesmo no sexo com amantes de menor credencial. Já os dois terços mais internos do canal são pouco sensíveis – razão de não sentirmos incômodo com os absorventes internos.

O PONTO G
O ponto G é assim chamado em homenagem ao médico que o descobriu nos anos 50, o alemão Ernest Gräfenberg. Uma pesquisa realizada no ano passado na Universidade de Áquila, na Itália, comprovou que a letra G bem poderia ser de genética. A explicação: algumas mulheres nascem com esse botão do prazer, outras não. Participaram do estudo nove voluntárias que relataram ter orgasmos vaginais e outras onze que afirmavam não tê-los. Com a ajuda de um aparelho de ultrassom, os pesquisadores concluíram que o tecido entre a vagina e a uretra era mais espesso naquelas que sentiam orgasmo vaginal. Se você quer tentar encontrar seu ponto G, saiba que há vibradores no mercado específico para isso – eles têm formato curvo. A terapeuta sexual Jussara Hadadd dá outra dica: “O ponto G fica dentro do canal vaginal, na parte da frente, um pouco cima do osso pubiano. Dá para tocá-lo penetrando o dedo médio na vagina e encurvando-o em direção à palma da mão”.

INCHA LÁ!
Sigmund Freud, o pai da psicanálise, teorizou sobre a inveja do pênis – um sentimento que as mulheres teriam em relação aos homens. Pois eles é que deveriam ter inveja de nós, afinal possuímos um órgão responsável exclusivamente pelo prazer sexual. O clitóris é formado por um tecido erétil, como o do pênis. Quando a mulher se excita, as artérias dele se enchem de sangue. Mas, diferentemente do nosso amigo macho, que tende a descer rapidinho depois do orgasmo, o clitóris permanece inchado por mais de meia hora. Sua parte mais proeminente e sensível é a glande. Embora possua características e nome semelhantes à “cabeça do pênis”, ela possui quatro vezes mais terminações nervosas.

RELAXA E GOZA
Algumas mulheres, no auge do prazer, ejetam com força um líquido semelhante ao do gozo masculino. Segundo a ginecologista Carolina Ambrogini, coordenadora do Projeto Afrodite de Sexualidade Feminina da Unifesp, esse raro comportamento ainda não foi muito bem compreendido pelos médicos. “Não se sabe se o líquido sai pela uretra, de onde só deveria sair a urina, ou pelo canal vaginal. Nesse caso, seria na verdade um excesso de muco lubrificante.”

EXERCITE!
Músculo que trabalha mais tem melhor circulação de sangue e flexibilidade. Com a musculatura pélvica não é diferente. Manter uma vida sexual ativa ajuda a evitar problemas na idade avançada. Além do sexo, existem outros tipos de ginástica para essa região. Os exercícios de Kegel, indicados para o fortalecimento da vagina, consistem em contrair e descontrair os músculos – faça como se quisesse segurar o xixi. Já a técnica do pompoarismo utiliza objetos para treinar contração e sucção. Jussara Hadadd, instrutora de pompoarismo, explica que a técnica garante mais prazer sexual. “Com os exercícios, a vagina se torna mais forte. Mulheres que dizem não sentir nada com a penetração deveriam experimentar.”

PORTA DE ENTRADA
O hímen é uma membrana que fica na entrada do canal vaginal. Na infância, é espesso e resistente, para proteger contra infecções. Na puberdade, vai perdendo a resistência, preparando a vagina para os rituais de reprodução. A crença de que toda virgem tem hímen ou que toda mulher com hímen nunca transou é besteira. “Essa membrana pode ser flexível – o chamado hímen complacente – ou até não existir”, explica a médica sanitarista Simone Grilo Diniz, da Faculdade de Saúde Pública da USP. Por isso, sangrar na primeira transa é normal, mas não obrigatório. O hímen complacente se adapta ao vaivém do pênis sem sofrer rupturas.

SANGROU? DOEU? TOME CUIDADO
Se você sangrou durante o sexo, provavelmente não estava bem lubrificada ou o ato foi violento. Fãs de relações mais selvagens não podem se esquecer do lubrificante – sempre à base de água para evitar alergias. Quando ocorre atrito excessivo na vagina, aumenta-se o risco de infecções. Já se sentir dores, contração involuntária dos músculos pélvicos e impossibilidade de penetração, saiba que esses são os sintomas de uma doença de fundo psicológico, o vaginismo. Se acontecem com você, procure um terapeuta sexual. Depois do sexo você fica dolorida e com ardência ao urinar? Pode ser sinal de dst. Na dúvida, consulte um ginecologista.


Alessandra Moura, revista Gloss n° 19 / 2009, páginas 82 a 84

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